quinta-feira, 5 de novembro de 2009

“E esse desenho nem o tempo apagará...”


Foi a última frase da carta. Um papelzinho amassado, agora manchado de lágrimas, que ela apertou contra o peito tentando abafar a dor que sentia. Um pedaço de folha de caderno com um escrito calando pra sempre aquele sentimento que um dia fora tão especial e marcante pra ela. Uma história que certamente não haverá sábio algum capaz de explicar. Cada momento, cada segundo, diálogos por muitas vezes cortados pelo silêncio de olhares e sorrisos mútuos. Em sua memória nem sempre foram farpas e no caminho nem sempre houveram espinhos... Nem todas as escolhas foram difíceis e nem todas as discussões tiveram fundamentos... Restava agora o vazio. Aquela “coisinha” incômoda chamada saudade. Aquele riso perdido e aquele pedacinho de papel...Com palavras frias, ditas sem rodeios, sem o calor do abraço, do afago, o gosto do beijo. Findando apenas em uma frase, nada mais.

5 comentários:

Nina disse...

Enquanto restar boas lembranças, vou levando a vida. E vou cantando, porque ainda restam as boas lembranças.

Porque toda dor passa.
Mas as lembranças são como flores, que plantamos e deixamos que plantem, pelas estradas, curvas, desvios e penhascos que nossos pés nos guiam.

Mas enquanto houver as lembranças...
Há enquanto houver as lembranças, saberei quem sou, porque fui.
(antes de tudo, eu fui)

e vou seguindo: sendo!

ps: e que venham as dores, enquanto a certeza do existir é ter lembranças.

Nina disse...

Te linkei no meu blog, Renas.

amei o texto e seu layout ;)

e sim, você escreve bem.

gostei tanto que as borboletas voaram no meu estômago.

Eliandson José disse...

---Sensibilidade aguçada---
Privilégio de poucos!
Gostei!

Cristiano Contreiras disse...

Muito bom as palavras, continues praticando, tens talento, moça! bj

Gabrielle Alano disse...

" Escrever também significa chorar.. "

Amei! =D

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