segunda-feira, 29 de março de 2010

Teatro Meu ...


Dentre os vários personagens que carrego em meu ser, descobri uma amante: Fervorosa, intensa, insana de corpo e alma, sedenta de atenção e desejos possessivos. Em meio a muitas mudanças, tudo isso foi crescendo e me consumindo cada vez mais ao ponto de me tornar totalmente dependente da outra criatura. Mas no decorrer das cenas da vida o limite foi ultrapassado e essa loucura virou carência. O elo foi quebrado. A alegria tornou-se disfarce. O sorriso apenas mais uma máscara. Com o fechar das cortinas o que era bom ficou pra trás, o show havia terminado sem aplausos e satisfações. Sigo agora como integrante de uma platéia ansiosa, esperando o próximo espetáculo com novo drama ou novas intrigas, quem sabe um feliz fim, ou desfecho melhor que o anterior.

6 comentários:

Rafael Reis disse...

Toda erótica voce...ficou muito massa!

Gabrielle Alano disse...

Uma típida tragédia grega. Ainda bem que o espetáculo acaba e podemos fugir do personagem.

Adorei ;)

Alane Reis disse...

"Não consigo encenar as falas, gestos e caras do teatro que eu mesma inventei...
A platéia já repara os meus erros"

Trecho de uma poesia minha, que por sinal achei muito parecida com o seu texto. Gostei flôr.

Jonas Pinheiro disse...

"A poesia prevalece"
Adorei suas belas palavras, ah e a imagem da gabi veiga!!

Diogo de Oliveira disse...

De todos absorvemos apenas as personas diárias.

Anônimo disse...

Muito bom texto, intensas palavras!

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