segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Jardim...



Era noite. Alice saíra para uma caminhada no quarteirão, na tentativa de acalmar as lembranças que ocupavam sua mente sobre os últimos acontecimentos de sua vida. A morte recente do pai, a tristeza pela qual sua mãe passava todos os dias com a ausência do marido, o fim de seu casamento de quinze anos... Deus – Pensara consigo, Estou vivendo os piores meses de toda minha história.. Entretida nesses assuntos, já atravessava a rua quando de repente um grande clarão fez com que todos os seus pensamentos desaparecessem. Era como se estivesse caindo numa escuridão, perdendo pouco a pouco todos os sentidos...
Acordara em um lugar diferente, numa manhã de sol com um céu sem nuvens e uma brisa calma. Apesar de não ver sinal algum de outras pessoas, o lugar lhe proporcionava uma paz como nunca havia sentido antes.
Questionando-se onde estava e como fora parar ali, começou a andar observando todo espaço. Gostava de sentir o roçar da grama nos pés descalços. Árvores e pequenos cercados de flores completavam aquela perfeita sintonia de paraíso. Uma estranha sensação de felicidade tomava conta dentro de si, um contentamento por estar lá.Talvez ter aparecido ali, fosse um milagre.. uma chance.. Num súbito, deu-se conta do que acontecera. O clarão... O acidente. O velório. E o jardim.Porém, já não sentia mais angústia. Tampouco desespero. Entendeu que aquilo seria apenas o começo. Uma nova vida? Aliás... Vida? Agora compreendia o verdadeiro significado dela... Um misto de alegria com tristeza acrescentadas sempre as surpresas e descobrimentos, deixando a entender nas entrelinhas as cenas do próximo capítulo.

6 comentários:

Nina França disse...

"sempre deixando a entender nas entrelinhas as cenas do próximo capítulo."

Que a vida eja tomada por nós assim, gole por gole, saboreando todos os sentidos.

Eis que devemos viver o frasco inteiro da vida. Com dores, tristezas, amarguras e doenças.

Por que o mal só é mal porque assim o denominamos. Talvez o medo e a trsiteza não passem de um criança indefesa esperando carinho.

Sempre há chances. Sempre.
E que o acordar no outro lado seja sempre por novas expectativas de melhorar. (melhorar-se)

Gabrielle Alano disse...

Alice no país das maravilhas?

[ hehehe ]

Quem sabe o que nos espera do outro lado? A vida é um mistério, e o fim dela outro ainda maior. O importante é continuar e aproveitar sempre da melhor maneira possível.

Caiã Pires disse...

Não quero ver esse clarão tão cedo.(rs)
Se bem que o "intervalo" ,vamos dizer assim, destes "capítulos" foi apresentado de uma forma bem agradável e confortável! Tomara que seja assim mesmo.
Beijo de seu mais novo seguidor!(pensei que já estva te seguindo).

Anônimo disse...

Adorei o conto, Renatinha,consegui me sentir na cena, vc foi bem detalhista!

:)

Thialla disse...

Agora que estou livre, posso dizer o quanto gostei de seua forma de escrever.
Não comentei antes pois estava completamente presa e absorvida pelo seu texto.
Brincando com as palavras hein Rê?

Lucas Fernandes disse...

Eu sei o próximo capítulo... Ela bate um papo com São Pedro!

- Diga lá Pêdão, como tu tá? Valeu por me tirar daquela bragaça lá viu? Diz ela.

- Olha o respeito, senhorita, ou vai voltar pra Terra. Fala São Pedro rispidamente.

- Colé, velho gagá? Ta tirando onda é?


- Sem mais palavras, mocinha. Abracadabra.

Ao dizer estas palavras, Alice acorda no País das Maravilhas. São Pedro tinha errado a mágica para trazê-la de volta á vida.

Uhuuuul. Clap clap clap. Palmas para mim! Eu sou DEMAIS.

Valeu Renatinha, espero que tenha gostado do meu final. =)

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